eutanásia ou porque eu faço comentários anônimos no meu próprio texto.
sempre evita frases sobre escrever. não gosta de se meter, não gosta de meta-linguagem. hoje acordou tarde e não tomou banho. passou o dia cheirando a sono. foi ao supermercado comprar uma garrafa de leite achocolatado. comprou também um filme de alienígenas. escurece cedo na inglaterra, onde mora. passou a tarde vendo filme e tomando leite achocolatado, com o computador no colo. tem que publicar um texto na internet mais tarde, meia noite no brasil - quatro da manhã na inglaterra. acha que vai escrever sobre alienígenas, mas gostaria de pensar em algo melhor. escreve algumas de linhas, mas apaga logo em seguida. repete o processo até desistir dos alienígenas. quer escrever sobre a textura da parede, mas isso não faz sentido. a luminária horrenda do apartamento também não faz sentido. acredita que metafísica é só um nível de detalhe nas coisas que a linguagem não tem apuro o suficiente para descrever. acaba a garrafa de leite e olha em volta insatisfeito. perdeu o arquivo com o header do site. obviamente não acha o header em cima da mesa ou na bancada da pia. acha, ao invés, três metros de corda que amarra na corrente da luminária, fazendo um laço na ponta. sobe na cadeira e passa a cabeça por dentro do laço. observa a bagunça da sala uma última vez e pára no computador em cima do sofá. aperta um pouco a vista e relê tudo o que escreveu até aqui. se estica todo e aperta enter com o dedão do pé.
sempre evita frases sobre escrever. não gosta de se meter, não gosta de meta-linguagem. hoje acordou tarde e não tomou banho. passou o dia cheirando a sono. foi ao supermercado comprar uma garrafa de leite achocolatado. comprou também um filme de alienígenas. escurece cedo na inglaterra, onde mora. passou a tarde vendo filme e tomando leite achocolatado, com o computador no colo. tem que publicar um texto na internet mais tarde, meia noite no brasil - quatro da manhã na inglaterra. acha que vai escrever sobre alienígenas, mas gostaria de pensar em algo melhor. escreve algumas de linhas, mas apaga logo em seguida. repete o processo até desistir dos alienígenas. quer escrever sobre a textura da parede, mas isso não faz sentido. a luminária horrenda do apartamento também não faz sentido. acredita que metafísica é só um nível de detalhe nas coisas que a linguagem não tem apuro o suficiente para descrever. acaba a garrafa de leite e olha em volta insatisfeito. perdeu o arquivo com o header do site. obviamente não acha o header em cima da mesa ou na bancada da pia. acha, ao invés, três metros de corda que amarra na corrente da luminária, fazendo um laço na ponta. sobe na cadeira e passa a cabeça por dentro do laço. observa a bagunça da sala uma última vez e pára no computador em cima do sofá. aperta um pouco a vista e relê tudo o que escreveu até aqui. se estica todo e aperta enter com o dedão do pé.
1 Comentários:
Muito bom !!!
Mas e aí...levou com a luminária na cabeça,não?
Não importa,ficou muito bom!
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