
Vigilância.
Despertar a vertigem de cada palavra:
despejá-la do avesso deixando que entorne
qualquer dicionarismo; desadormecê-la.
Envergar a palavra até que ela se torne
um arco sobre o qual se erguerão outros arcos.
Logo em seguida, implodir o arco – vértice
do poema – e transformá-lo em barco – vórtice
do furacão a que se chamará de verso.
Vê-lo desgovernar-se, pondo à prova sua
real capacidade de existir no mundo.
Em caso de naufrágio, simples: despedir-se
e do começo recomeçar. Despertando.
7 Comentários:
Surpreendente, arrasou, Gregório...tenho muita responsabilidade por apenas ficar ao teu lado neste blog,beijos,Cris
oh, o título deu supercerto.
me lembrou o texto do dálmata, esse estilo de receita. gostei muito!
beijo
me lembra poesia portuguesa, mas algo que não ouso especificar.
gostei bastante.
tudo bom, gregório?
abraço
maravilhoso, gregorio!
Que linda poesia,Gregorio.
Adorei !! Deliciosa mente criativa.
Esse é um dos melhores dias desse blog.
Vc, e a Cris que não fica atrás...sempre arrasam!!
É, fico com o João Cabral, parece mais mesmo.
Eu tô querendo mudar o estilo, to me achando um pouco azul calcinha. Mas passa.
Abraço
Belo, poético, especial.Amei esse texto.beijos
Postar um comentário
<< Home