sexta-feira, setembro 01, 2006




Canção da Calota Polar






A partir da partida da parte mais cipante do eu, esmaeceu-se minha visão.
Andava eu nos becos ,mesmo estando parado, apenas em poucos pedaços, eu inteiro era poucos pedaços sem minha parte mais querida e a cada dia eu era menos e lá pra quinta- feira eu já era sete nonos do que eu costumava ser e nove desesseteavos do que eu teimava em tolamente esbravejar que era.
Desafiei a gravidade da gravidade e forcei andar sem minhas pernas.
Iceberg.
Fria calota dos polos.
Clanck!!
Minha parte se soltou de mim e foi boiando para longe do mais tolo dos icebergs ; gelado, fixo em bases ditas sólidas ,mas que fácilmente podem rachar-se e converter-se em líquido, o líquido frio que foi levando meu enorme e mais estimado pedaço de gelo pelos mares gélidos que rumam lugar nenhum e me deixando cada vez mais desprotegido do Sol quente que só me derretia e me levava a inconscientemente a engrossar o núcleo malévolo de água que só te afastavam do meu peito, meu ódio era correntesa...eu te conduzindo para longe de mim.
Se só um abraço fosse sufisciente, Plutão ainda seria um planeta, mas minha índole pede todos os abraços do mundo que você puder e os que não puder também.
Quero te colar novamente,pedaço de mim,vou ingeri-lo feito doga ilícita que faz minha alma estar anormalmente delirante por estar finalmente normal.

2 Comentários:

Blogger cris braga disse...

Muito lindo Rodrigo.Os dois textos.Vou posta tb esse comentário no seu outro texto.beijos e boa estreia!
Aliás....MERDA!!!!!beijocas

11:21 AM  
Blogger nagual1985 disse...

um dos mais legais q vc escreveu, acho.

abracao

5:06 AM  

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