
Tudo se desmanchando em agua e foda-se a Estrada do Galeao, a primeira a diluir manchando a folha de papel branco que havia por debaixo com a gravura de Ronai, casaco e capuz de moleton que sob uma marquise esperava o Pavuna, sacola numa das maos, na cabeca o pancreas de um porco, voltava do aeroporto.
Passa o detergente na borda da ceramica branca e esfrega o suficiente para tirar os pentelhos que por ali ficam a cada mijada.Os pentelhos saem, o päncreas do porco nao. Numa dessas ao lado da privada no cantinho havia uma sacola Duty Free. Ele examina o pequeno conteudo, enfia a sacola por dentro do macacao e continua a higienizacao das privadas com os rins do roncador em mente.
O asfalto escoou pelo ralo, todo o resto se gaseificou, formou uma grande nuvem e se precipitou lavando do mapa a Ilha do Governador. Olhou para o horizonte e viu as chamines das fabricas de Bonsucesso e o figado de um suino, teria que andar ate a Avenida Brasil pra pegar o Meriti, moleza.
Ronai uma ilustração, um recorte e colagem, um homem com uma sacola e intestino de porco entrando no onibus pra Sao Joao. Um homem com uma sacola e figado de leitao saltando do onibus em Meriti e atravessando a linha ferroviaria, o limite com a Pavuna e com a festa dos orgaos ensopados.
Ja estava em casa quando Marta se sentava a mesa. Ela servia o sarapatel numa cuia de plastico, ele retirava da sacola a garrafa de Bordeaux sem safra e enchia de pimenta a comida fumegante. A esposa lavava os melhores copos.
*Nenhuma das palavras acima citadas foi digna de receber acentuacao.
*Nenhuma frase fez por onde para ter concordancia.
*Os tempos verbais tampouco.

1 Comentários:
genial, cara.. adorei a ultima frase.
Postar um comentário
<< Home