
Estréia no dia 3 de junho, no Espaço Café Cultural/Petrobras, a peça MACÁRIO, às vezes a vida volta... A CIA ANÔMALA DE TEATRO tomará o entorno arquitetônico do prédio construído no século XIX a fim de estabelecer o imaginário do espetáculo: a perturbação causada pela indistinção entre as identidades da personagem, do ator, do público.
A dramaturgia
Considerada obra importante da dramaturgia brasileira clássica menos como texto teatral do que como escrita poética, a peça de Álvares de Azevedo foi valorizada no que ela possui de simbolismo. Deste modo, fundiu-se diferentes textos do autor (a peça Macário, o livro de contos Noite na Taverna e a obra poética A lira dos vinte anos) a fim de construir um enredo cuja poética cênica fosse capaz de sugerir uma "realidade outra" (ou uma outra história) que o espectador deve descobrir por si mesmo.
A peça
Macário é um jovem estudante que, em uma noite qualquer do ano de 1850, exausto da viagem que veio fazendo por entre os caminhos da Serra do Mar, decide para em uma estalagem a beira da estrada para se refazer do cansaço. A taverneira serve-lhe janta e, de repente, surge um desconhecido que do jovem se aproxima. Eles vão, aos poucos, se familiarizando mutuamente ao calor da conversação. Depois de beber, comer e fumar na companhia de boêmios e prostitutas, Macário decide dormir, mas antes quer saber o nome daquele que tão bem o tratou. O desconhecido resiste, mas acaba por revelar a sua identidade: "eu sou o Diabo". A partir deste momento, a taverna adquire uma outra dimensão onde diferentes histórias se misturam em uma atmosfera repleta de crimes — a morte do amigo Penseroso serve de exame comprobatório a respeito da visão de mundo que satã apresentou à Macário.
O espetáculo MACÁRIO, às vezes a vida volta... é o trabalho que deu origem a COMPANHIANÔMALA DE TEATRO, grupo de performance contemporânea que pesquisa a dramaturgia brasileira romântica. A Cia estuda a linguagem do ator-performer, por meio da qual busca estabelecer uma aproximação entre aspectos eventuais e ritualísticos da linguagem performática e a estruturação regular de um espetáculo teatral.
Direção e dramaturgia: Anna Beatriz Gaglione
Com a COMPANHIANÔMALA DE TEATRO
Elenco: Daniele Antunes, Fabiana Rocha, Pedro Henrique Nunes, Raoni Seixas, Reynaldo Dutra, Roberta Valente e Thatiana Ornellas.
Espaço Café Cultural/Petrobras
Rua São Clemente 409, Botafogo. Tel. 2526-2666.
(Estacionamento em frente). Capacidade: 50 pessoas.
Estréia: 3 de junho.
Sábados e Domingos às 20h.
Ingressos: R$10,00 (estudantes, idosos e artistas pagam meia).
Duração: 120 minutos.
Classificação etária: 18 anos.
Até 25 de junho.
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