
“A mais discreta das loucuras” em 5 minutos (muito estranho)
Me sinto torto... Um tanto cego… oblíquo. Pior que querer e não ver... pior ainda que ter e não ver... É ver e não ter.
Ela passa deixando um pequeno mar de água morna e pétalas de rosas (notem que os mares por natureza são enormes, entranho não é?). Meu rosto, involuntariamente, acompanha sua trajetória. Suspiro, mas disfarço para não ser flagrado, tentando reprimir algo que me grita aos ouvidos (se me gritasse aos pés seria estranho).
Eu, sentado no meu canto, corro por toda parte, como um radar, até vê-la. Ela passa. Eu, quieto no meu canto, grito seu nome, como quem grita muito, até vê-la. Ela passa. Eu, escondido no meu canto, pulo, gesticulo, como quem quer ser visto, até vê-la. Ela passa.
Sou quem não sou... quero, mas sei que não deveria querer, mas acho que deveria querer e digo que não quero. Olho para frente, vejo um precipício e corro como nunca ninguém correu antes(sentado no meu canto). Acho que ela não vai me querer, pois não é pra mim, mas acho que ela vai me querer, pois sou o que ela precisa e finjo que quero outras. Sigo uma tal de ética e ando na direção contrária(sentado no meu canto).
Sua voz me preenche como se eu tivesse algum vazio, como se eu não tivesse conteúdo nenhum, faz de mim pequeno recipiente esvaziado e absoluto de sua cheidez(palavra nova, anotem). Nem sabe, mas, com o tom suave de sua voz, penetra nas minhas veias e vai aos poucos me enchendo o coração... interditando-o. Estranho, sempre a achei maravilhosa, mas nunca imaginei... me pegou de surpresa... quando vi já estava com colesterol alto(opa, ta aí uma piada boa!!).
Conversamos e parece que é com as mãos.
Paixão... calor umedecido pela explosão interna... tristeza que pinica e felicidade que completa... toda paixão tem seu toque de dor... não fosse assim seria tesão... todo grande amor é uma paixão que se consuma... toda paixão é uma fagulha que arde mas consola, goza mas dói... jazz com andamento “walkin” e melodia “cool”... samba que é canção mas não perde o estouro dos bumbos...
“O amor é como uma fumaça que eleva do vapor dos suspiros; purgado é o fogo que cintila nos olhos dos amante; e contrariado é o oceano nutrido das lágrimas desses amantes...” William Shakespeare
Porra!! Eu, obliquo, devo estar apaixonado!
8 Comentários:
Quem escreveu isso?
Esse texto foi tão eu.
Beijo, pra quem quer que seja! (o nome não tá aparecendo)
;*
Quanta sinceridade... Que sorte a dela.
Pedro Tomé! (Novo colunista de Domingo)
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Epa!
carne nova...
.rs.
poxa Remo, das outras vezes foi mais fácil, foi delivery...
bjs meninos
Não entendi o que ela quis dizer acima...
lindo isso, hein
Postar um comentário
<< Home